O Grupo Soulan tem como propósito “ajudar você a trabalhar mais feliz”. Com base nisso, realizamos uma pesquisa por meio do LinkedIn para entender as demandas e necessidades das profissionais que enfrentam dificuldades impostas pelas múltiplas jornadas. Ao todo, realizamos quatro pesquisas e contamos com respostas de 7.477 mulheres.
Constantemente, as profissionais enfrentam diversos obstáculos no mercado de trabalho, como desigualdade salarial e falta de oportunidades de crescimento. Além de sofrerem com a sobrecarga de responsabilidades familiares e domésticas. Esses desafios não apenas impactam suas carreiras e saúde, mas também perpetuam estereótipos de gênero. Portanto, é necessário que tanto as empresas quanto a sociedade trabalhem para eliminar essas barreiras e fomentar a igualdade de oportunidades.
Um estudo recente da Think Olga, uma ONG de inovação social, mostra que as brasileiras estão sobrecarregadas com jornadas duplas ou triplas. Pressão financeira e o desafio de equilibrar várias responsabilidades, levando-as à exaustão física, emocional e psicológica.
As mulheres buscam igualdade, valorização e equilíbrio
O resultado do estudo denominado “Esgotadas”, que foi realizado com 1.078 mulheres de 18 à 65 anos em todo o país, revela que 86% delas consideram ter uma carga elevada de responsabilidade. Dessa forma, quanto aos impactos dessa sobrecarga na saúde mental, 45% já receberam diagnóstico de ansiedade, depressão e/ou outros transtornos mentais, e 68% precisaram de acompanhamento médico.
Assim, a pesquisa do Grupo Soulan revelou que o formato de trabalho preferido por cerca de 4.185 respondentes é o híbrido (com mais dias remotos), com 41% das preferências. Em segundo lugar está o trabalho 100% remoto, com 36% dos votos, seguido pelo híbrido (com mais dias presenciais), com 15%, e o trabalho totalmente presencial, com 8%. Essa tendência reflete a busca por modelos de trabalho que permitam uma integração mais harmoniosa entre as demandas profissionais e as necessidades pessoais, destacando a importância de adaptar as práticas organizacionais para atender a essas expectativas.
Os benefícios que as mulheres buscam
Além de determinar o formato de trabalho mais alinhado aos objetivos das profissionais do sexo feminino, visando o equilíbrio entre as exigências do ambiente profissional e pessoal, também examinamos os benefícios que as mulheres valorizam e desejam que as empresas ofereçam para promover um dia a dia mais equilibrado, especialmente em relação à saúde.
Sendo assim, entre os benefícios mais votados por 1.458 profissionais estão: academia, com 33% dos votos; atendimento psicológico, com 27%; pausas programadas durante o expediente, com 25% da preferência; e terapias alternativas, como yoga, pilates e massagem, com 15% dos votos.
Além disso, outro ponto analisado refere-se à satisfação das mulheres com o emprego atual. Os dados da pesquisa indicam que 42% das mulheres buscam uma nova colocação por não se sentirem valorizadas no emprego atual. Por outro lado, 27% estão satisfeitas, mas veem espaço para melhorias. Em contrapartida, 23% estão insatisfeitas, e 7% estão totalmente satisfeitas. Esses resultados destacam a importância de programas de valorização para reter talentos e melhorar o ambiente de trabalho.
As mulheres buscam desenvolvimento profissional
Um tema relevante e que impacta diretamente na ascensão profissional é a capacitação. Com isso em foco, perguntamos às mulheres quais são seus planos para este ano em termos de aprendizagem e aquisição de novos conhecimentos.
Dos 319 votos obtidos nessa questão, apuramos que 62% das mulheres estão buscando um curso de especialização, 27% procuram autoconhecimento, 7% não querem fazer novos cursos e apenas 4% querem fazer um curso corporativo. Os dados revelam que a maioria delas planeja investir em especialização ao longo do ano, indicando um desejo de aprimoramento técnico e atualização de habilidades. Já a busca por autoconhecimento sugere uma preocupação com o desenvolvimento pessoal, que também pode impactar positivamente na carreira.
Em relação à pouca preferência por cursos corporativos, interpretamos esse dado como um indício de um maior interesse por treinamentos mais personalizados, voltados para atender necessidades individuais. Isso sugere o desejo de buscar aprendizados que possam contribuir de forma específica para o avanço na carreira.
Portanto, percebemos a urgência das empresas acelerarem suas estratégias de diversidade e inclusão a partir de um olhar específico para as necessidades das mulheres. Isso é fundamental para promover a igualdade de oportunidades e criar ambientes de trabalho mais equilibrados e saudáveis para todos. Por fim, valorizar e capacitar as profissionais são passos essenciais para superar desafios e construir uma sociedade mais justa e igualitária.
Taís Rocha de Souza – É psicóloga, especialista em Diversidade e diretora de Operações do Grupo Soulan.
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Desenvolver uma trajetória corporativa de sucesso demanda tempo. Se um dos objetivos da sua empresa para este ano é atrair talentos que se encaixem perfeitamente em suas necessidades, saiba que estamos prontos para ajudar.
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